8 de junho de 2007

Asas Escarlates


E as asas

Escarlates

Alçaram vôo.

Um vôo seco,

Tentaram em vão

Atingir a imaginação...





Uma nuvem distorcida

Desenhada no infinito

Mostrava uma imagem...

Fuligem,

Vertigem...





O rio passava em curvas

Sinuosas, tortas

Cortando a terra,

Sulcando os veios

Sangrando em torrentes,

Vertentes,

Indigentes...





A prisão exalava um cheiro

Ocre e doce,

E triste...

E as mascaras escondiam

Os rostos, marcados pela dor

Da perda do amor...